Quinta-feira, 7 de dezembro | 18h Variações performáticas sobre António (1)

rss“Variações em António Menor”
Ricardo Seiça Salgado

António Variações, na canção “Sempre Ausente” canta: “Lá vai uma luz, lá vai o demente, lá vai ele a passar, assim te chama toda a gente. Mas tu estás sempre ausente e não te conseguem alcançar.” Menor refere uma condição revolucionária, um estado de potência transformativo na margem, numa margem que em António parece não ter lugar na lógica de classificação disponível. Não tendo quem possa escutar ou interpretar, António é sempre ausente. Este espaço-fora que António Variações constrói é apresentado pela sua própria voz, um testemunho que emerge das suas próprias canções e que reflete o seu pensamento “mascarado” na festividade popular e histriónica das suas próprias canções. O evento é o convite à gravação de uma vídeo-performance ao vivo.

Nota biográfica sobre o autor: Ricardo Seiça Salgado é performer e antropólogo de formação. Pertence ao coletivo baldio | estudos de performance e ao projeto BUH!. Trabalha sobre e com a arte da performance, desenvolvendo trabalhos como Gal: farpas para um país sem lobbies, ou Câmara Escura: instalação performativa. Nos últimos tempos trabalhou o método de Suzuki e viewpoints (SITI Company) e fez colaborações com Nao Bustamante ou a Akademia Ruchu.
https://ricardoseicasalgado.wordpress.com/

Casa das Caldeiras – Rua Padre António Vieira 7
Entrada gratuita

Mesa-redonda “Dissemediações” | Sexta-feira, 8 de dezembro

25798_1421574418911_5521610_n#4 Nuno Miguel Neves
nasceu em Setúbal em 1975 e cresceu, portanto, nos anos 80. Assistiu ao Verão Azul, ao Dallas e ainda se lembra de ouvir Carlos Paião cantar Playback em direto no Festival da Canção. Muito
depois disso licenciou-se em Antropologia, área Social e Cultural, pela Universidade de Coimbra, e obteve uma Especialização em Estudos Artísticos pela mesma Universidade. Atualmente é bolseiro da FCT no programa de doutoramento em Materialidades da Literatura, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Os seus interesses centram-se sobretudo na Voz, na poesia sonora, e nos movimentos de vanguarda.

Mesa-redonda “Dissemediações” | Sexta-feira, 8 de dezembro

fausto.jpg#3 Fausto da Silva
(n. 1963) Mais de meio século de vida… mais de 30 anos de rádio … Nasceu para a rádio em 82. Primeiro CER/AAC e depois RUC. Quando a rádio dos estudantes sintonizou a cidade de Coimbra, levou para o éter a música portuguesa. Baptizou o rebento de Canto Lusitano. Hoje continua a divulgar a música nacional. O Santos da Casa é o mais antigo programa de música portuguesa a emitir. Já lá vão mais de 25 anos. Colaborou com alguns jornais, rádios e revistas. De destacar o jornal LP e a revista Ritual, só para citar alguns casos. Formou uma editora, com nome de estação de comboios, Coimbra B. Criou em Coimbra os Estúdios Agitarte, por onde passaram centenas de grupos de diversas sonoridades musicais. Organizou festivais e concursos. Correu o país a ver bandas mais e menos conhecidas. Fotografou centenas de artistas. Já agenciou bandas. Tem tantos discos, cds e cassetes de artistas portugueses que é difícil saber onde param todos. Hoje o Santos da Casa (programa de rádio, blog e facebook) ocupam parte do seu tempo. Continua a acreditar que a música portuguesa tem futuro.

Mesa-redonda “Dissemediações” | Sexta-feira, 8 de dezembro

JCC#2 João Carlos Callixto
Nasceu em Lisboa em 1977. A música portuguesa tem sido a sua paixão desde a segunda metade dos anos 90 do século XX, mas o período sobre o qual mais se tem debruçado é aquele que medeia entre o advento do vinil no nosso país, em meados dos anos 50, e o denominado boom do rock português, em inícios dos anos 80.
Em 2005, publicou o livro Na Terra dos Sonhos, uma recolha da obra poética de Jorge Palma, complementada pela discografia detalhada deste músico, e em 2013 escreveu textos para o livro Portugal Eléctrico, uma história ilustrada das primeiras décadas do rock em Portugal.
Colaborador de diversas editoras musicais, tem coordenado e/ou escrito as notas para reedições de vários discos portugueses. Em 2010, colaborou na Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, obra em 4 volumes em que foi também responsável pela pesquisa discográfica. Entre 2011 e 2012, foi um dos autores da série documental em 26 episódios «Estranha Forma de Vida – Uma História da Música Popular Portuguesa», transmitida na RTP e nomeada para o Prémio Autores 2012, da SPA.

Mesa-redonda “Dissemediações” | Sexta-feira, 8 de dezembro

galopim#1 Nuno Galopim
Nascido em 1967 começou por traçar um futuro nas ciências, mas o jornalismo, a rádio e, sobretudo, a música e o cinema acabaram por falar mais alto. Com 28 anos de carreira nos media, escreve hoje no Expresso e Blitz e é autor dos blogues Sound+Vision e Máquina de Escrever. Tem também trabalho feito na música (do álbum Humanos à série «O Melhor do Pop-Rock Português»), no cinema (como ator, produtor, consultor, programador) e televisão, devendo estrear este ano um documentário da sua autoria. Em 2016 iniciou um trabalho com a RTP como consultor para o Festival da Canção e Festival da Eurovisão. No passado trabalhou em jornais como O Independente e Diário de Notícias e em revistas como a Billboard e Time Out. Teve programas nas estações de rádio Antena 1, Antena 2, Antena 3, XFM, TSF e Radar. Nos livros estreou-se com Vida e Morte dos Dinossáurios (1992), assinado em co-autoria com o pai, o Professor Galopim de Carvalho. É ainda autor dos livros Retrovisor: Uma Biografia Musical de Sérgio Godinho (2005), Os Marcianos Somos Nós (2015) e The Gift – 20 (2015). 

Conferência Plenária #3 | Sexta-feira, 8 de dezembro

OLYMPUS DIGITAL CAMERA“António e as Variações identitárias da cultura portuguesa contemporânea”
Paula Guerra

 

Paula Guerra é Doutora em Sociologia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP). É Professora no Departamento de Sociologia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e Investigadora Integrada no Instituto de Sociologia da mesma universidade (IS-UP), onde atualmente coordena o subgrupo Criação artística, práticas e políticas culturais. Faz parte ainda de outros centros de investigação internacionais: Investigadora Associada do Centro de Estudos de Geografia e do Ordenamento do Território (CEGOT); Adjunct Associate Professor do Griffith Centre for Social and Cultural Research (GCSCR); Investigadora Convidada Internacional no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal Fluminense (PPGS-UFF), no Grupo de Pesquisa História, Cultura e Subjetividade da Universidade Federal do Piauí e Universidade de Brasília (Brasil), no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (PPGCOM-UFPE) e no Laboratório de Análise de Música e Audiovisual da Universidade Federal de Pernambuco (L.A.M.A.). É fundadora e coordenadora da Rede Todas as Artes. Rede Luso-Afro-Brasileira de Sociologia da Cultura e das Artes (com Glória Diógenes e Lígia Dabul). Pertence ainda à Interdisciplinary Network for the Study of Subcultures, Popular Music and Social Change e à Research Network Sociology of the Arts of the European Sociological Association.

Conferência Plenária #2 | Quinta-feira, 7 de dezembro

sdb“O Comum da Diferença: Sobre os Vídeo Musicais de António Variações”
Sérgio Dias Branco
Sérgio Dias Branco é Professor Auxiliar de Estudos Fílmicos na Universidade de Coimbra, onde coordena os Estudos Fílmicos e da Imagem no curso de Estudos Artísticos e dirige o Mestrado em Estudos Artísticos. Lecionou na Universidade Nova de Lisboa e na Universidade de Kent, onde se doutorou em Estudos Fílmicos.
É investigador integrado do Instituto de Filosofia da NOVA (IFILNOVA), investigador colaborador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20) da Universidade de Coimbra, e membro convidado do grupo de análise fílmica da Universidade de Oxford, “The Magnifying Class”. O seu trabalho de investigação tem como foco a estética e poética de obras da imagem em movimento, nas suas relações com a filosofia, a história, o marxismo, e a religião.
É membro da Direção da AIM – Associação de Investigadores da Imagem em Movimento desde 2014.

Conferência Plenária #1 | Quinta-feira, 7 de dezembro

frias.jpg““Elementos para uma poética da cassete”
Joana Matos Frias

Joana Matos Frias é Professora Auxiliar na Faculdade de Letras da Universidade do Porto – onde se doutorou em 2006 com a dissertação Retórica da Imagem e Poética Imagista na Poesia de Ruy Cinatti –, membro do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa e da Sociedade Portuguesa de Retórica, e investigadora da rede internacional LyraCompoetics. Autora do livro O Erro de Hamlet: Poesia e Dialética em Murilo Mendes (7letras, 2001) – com que venceu o Prémio de Ensaio Murilo Mendes –, responsável pela antologia de poemas de Ana Cristina César Um Beijo que Tivesse um Blue (Quasi, 2005), corresponsável (com Luís Adriano Carlos) pela edição fac-similada dos Cadernos de Poesia (Campo das Letras, 2005), e (com Rosa Maria Martelo e Luís Miguel Queirós) pela antologia Poemas com Cinema (Assírio & Alvim, 2010). Tem publicado ensaios no campo da Estética Comparada – privilegiando as correlações entre a poesia, a pintura, a fotografia e o cinema –, e a sua atividade crítica tem-se repartido por autores como Ronald de Carvalho, Cecília Meireles, C. Drummond de Andrade, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Murilo Mendes, J. Cabral de Melo Neto, Adélia Prado, José Régio, José Gomes Ferreira, Eugénio de Andrade, Vergílio Ferreira, Nuno Guimarães, Ruy Belo, Fiama Hasse Pais Brandão, Armando Silva Carvalho, Manuel António Pina, Daniel Faria, Vasco Gato, valter hugo mãe e José Miguel Silva. Em 2014, publicou a coletânea de ensaios Repto, Rapto.